terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Um simulacro de entendimento, uma nesga de luz, de brilhantismo. Acontecimentos não tão raros, mas passageiros: insuficientes doses de lucidez, insuportáveis, inúteis em seu acaso. Apenas tornavam seu comportamento imensamente doloroso, nitidamente irreparável. Insatisfação. Tanto tempo depois, partidas amargas, perdas. Exaustivas tentativas de dizer sem conseguir. Movimentos rápidos, ofegantes, desenfreados. Anoitecia, entardecia, era Janeiro, Novembro, anos inteiros involuntariamente atravessados sem distinção. Trancar-se não impediria que o tempo transcorresse invasivo, tornando-o vítima dos mesmos fracassos, fazendo-o persistir nas mesmas esperas, inundando-o com mágoas costumeiras. Para de repente, não chora, não pensa, observa-se, fica um tempo assim: ele. Truques psicológicos já não funcionam mais...

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